segunda-feira, 9 de junho de 2008

Patinhas que curam!



Minha mãe costuma dizer que Maricá tem mais cachorro que gente. E infelizmente isso é verdade. Cães abandonados e vivendo na rua são muito frequentes aqui. Por vários motivos, mas em especial por que são comprados ou adotados como cães de guarda para as casas que ficam vazias na maioria do ano. Só que os proprietários esquecem de dimensionar os gastos, de providenciar quem alimente, banhe e vacine esses animais....e quando a dor de cabeça fica maior e os cães deixam de ter a aparência fofinha de um filhote, eles são jogados na rua como lixo.
Tita e Desconfiado são produtos dessa equação peversa. Ela, uma vira lata puro sangue, nasceu na rua, ou então sua história se perdeu. Sabemos que tem cerca de quatro anos, que é dócil e muito alegre. Desconfiado é um mestiço de pitbull, comprado para servir de guarda e batizado como Killer. Quando os donos perceberam que o instinto assassino passou muito longe e que ele era um garotinho meigo e sem a menor vocação para guarda, foi abandonado sem perdão. Tentamos de tudo para convencer o dono de sua responsabilidade com ele, mas nada funcionou.
Killer virou Desconfiado. Não apenas por que Killer em nada combinava com seu humor, como por que o abandono o tornou assustadiço e desconfiado.
Os dois viviam aqui na frente de casa e eram alimentados por vários vizinhos, até que meses atrás ela apareceu prenha. Sabíamos que não seriam filhos do Desconfiado pois ele é castrado, mas ele se comportou como um verdadeiro pai! Deixava ela comer primeiro, mantinha os outros cães afastados e no dia do parto foi avisar a vizinha.


Nasceram onze! Infelizmente, três mortos, mas oito saudáveis e barulhentos vira latas passaram a habitar esse mundo. Abrigamos a mamãe e os bebês na casa de uma amiga e começamos a busca por "pais".
E nesse meio tempo e depois dessa longa introdução, o que realmente eu queria contar, é que João se apaixonou por um dos vira latas. Fazia tempo que o psiquiatra sugeria um cão, mas eles são barulhentos e espalhafatosos e João preferia gatos. Não sei se foi a carinha de bebê chorão ou o jeito desprotegido do cãozinho ou ainda o momento complicado que o João está vivendo...só sei que a paixão entre os dois foi instantânea.
E nesses trinta dias em que ele só não morou no caixote dos cãezinhos por que não tinha espaço, eu tenho testemunhado o incrível poder do animalzinho na vida dele. Quinze minutos junto com Toffee (devidamente batizado por sua madrinha, Di!), valem horas de um humor mais tranquilo e mais equilibrado. Com Toffee, João está atravessando as exigências de uma mudança de casa e de escola, que irão acontecer em breve e que o deixam muito agitado.
Ah! E quanto a Tita, Desconfiado e os outros bebês? Todos estão finalmente e definitivamente adotados! Semana que vem Toffee virá em definitivo para o novo lar...em breve notícias sobre essa recente amizade! Enquanto isso, digam oi ao mais novo membro da família!

Importante: Um cão vive em média de 10 a 12 anos. Neste tempo ele precisará de alimentação, medicamentos, abrigo e afeto. Não adote se você não tem como prover essas necessidades. Posse responsável sempre!

Ah! Atendendo a pedidos....O nome dele seria Petit Gateau. Idéias glamourosas da Di....devidamente rebatidas pelo João. "Petit Gateau é nome de boiola!" E assim ele virou Toffee, como as balas, devido a cor. Mas, anda ficando meio ruivo ao invés de chocolate! rsrsrs



 
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